sábado, 5 de fevereiro de 2011

INCENTIVE A LEITURA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

  Professores busquem estimular os alunos a leituras de textos extra-classe.
           Paulo Freire já afirmou que “a leitura do mundo precede a leitura da palavra”, porque na realidade estamos lendo o que nos permeia, tudo o que está a nossa volta é uma leitura que se faz, de acordo com quem olha”. Com base nisso, devemos então, investir na Educação de Jovens e Adultos como formadora de sujeitos que pensem e raciocinem sobre sua realidade a fim de que cada um possa ser um sujeito atuante no meio social, e que tomem a leitura como uma maneira prazerosa de produzir conhecimentos novos.
Indagando aos alunos a respeito do motivo da falta de proximidade com a leitura, a resposta da maioria era a de que estudavam, trabalhavam e ainda possuíam famílias. Sendo assim, o tempo era escasso para outras atividades. 

          Mas segundo o autor Daniel Penacc " O tempo de leitura é sempre um tempo roubado".O público da Educação de Jovens e Adultos (EJA) é um público diferenciado dos alunos matriculados no ensino regular. A questão da falta de tempo realmente é fator relevante, talvez uma das maiores dificuldades enfrentadas por eles com a volta aos estudos. Muitos alunos cumprem uma jornada diária de trabalho cansativa, moram longe do serviço e do local onde o Projeto se situa, possuem família, dentre outros afazeres que fazem que com que a escola não possa contar com um tempo dedicado à ela fora de seu período presencial. Sendo assim, exigir leituras extra-classe, mesmo mostrando aos alunos a importância do processo de leitura, não teria efeito para a grande maioria deles. 
          É preciso pensar tentativas de soluções que proporcionassem, em primeiro lugar, um aprendizado e conscientização sobre a leitura que possibilitasse aos alunos,uma certeza da importância da leitura na vida cotidiana. Para isso, nos baseamos em FREIRE (1970), que afirma que, muitas vezes, se tem uma visão dos alunos da modalidade de EJA como sendo sujeitos ingênuos e sem conhecimento, por isso, sua escolarização é reduzida a um ato mecânico de depositar palavras, sílabas e letras. Para este grande autor, é necessário uma educação crítica, que tente considerar o conhecimento trazido pêlos estudantes, os quais necessitam serem problematizados pelo educador junto com eles. Desta forma, a leitura crítica e contextualizada é de grande importância para que o indivíduo venha a interagir com o mundo e conviver no o meio social.

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